domingo, 10 de agosto de 2014

O APRENDIZADO


Durante a produção desse blog, que fala sobre Caymmi e suas obras, aprendemos a apreciar músicas que falam de amor, que valorizam a cultura de nossa terra, Bahia. As músicas de Caymmi retrata uma Bahia alegre, cheia de amor, encantos. O amor do pescador pela sua profissão, pelas suas amadas, o mar e sua mulher. O sofrimento daqueles que amam, a saudade daqueles que deixamos, o amor filial. Suas canções nos encheram de sentimentos bons e despertaram em nós a curiosidade de saber mais, de experimentar essas coisas de fato.
Por causa dessa curiosidade, decidimos ir a cada canto de suas músicas, visitamos a praia de Itapuã, conhecemos e conversamos com pescadores, visitamos a estátua do seu amigo, Vinícius de Moraes, nos divertimos, registramos momentos inesquecíveis para nós e criamos. Pedagogicamente falando, aprendemos sobre Gênero Textual e sugerimos projetos para sala de aula, incluímos atividades para que a Inclusão fosse real através das músicas de Caymmi, criamos um vídeo de sua biografia. Tudo isso fizemos com amor e a certeza de que homenagear esse grande poeta é uma oportunidade única e que bom seria se pudéssemos vê-lo face a face e parabeniza-lo pelo seu grandioso trabalho. Que pena que não será assim. Mas, aqui deixamos nossa homenagem. Viva Caymmi, viva Bahia!
 
As Marinas

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ensaio Fotográfico : Músicas de Caymmi Através de Fotografias

 Suíte do Pescador


Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar, meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer

Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer
Adeus, adeus
Pescador não se esqueça de mim
Vou rezar pra ter bom tempo, meu bem
Pra não ter tempo ruim
Vou fazer sua caminha macia
Perfumada com alecrim.




Coqueiro de Itapoã



Coqueiro de Itapoã, coqueiro
Areia de Itapoã, areia
Morena de Itapoã, morena
Saudade de Itapoã me deixa
Oh vento que faz cantiga nas folhas
No alto dos coqueirais
Oh vento que ondula as águas
Eu nunca tive saudade igual

Me traga boas notícias daquela terra toda manhã
E joga uma flor no colo de uma morena de Itapoã
Coqueiro de Itapoã, coqueiro
Areia de Itapoã, areia
Morena de Itapoã, morena
Saudade de Itapoã me deixa.









Pescaria



Ô canoeiro
bota rede,
bota rede no mar
ô canoeiro
bota rede no mar.

Cerca o peixe,
bate o remo,
puxa corda,
colhe a rede,
ô canoeiro
puxa rede do mar.

Vai ter presente pra Chiquinha
ter presente pra Iaiá
ô canoeiro puxa do mar.

Cerca o peixe,
bate o remo,
puxa corda,
colhe a rede,
ô canoeiro
puxa rede do mar.

Louvado seja Deus
Ó meu pai.

Vai ter presente pra Chiquinha
ter presente pra Iaiá
ô canoeiro puxa rede do mar.

Sereia

Na praia deserta
De longe, a sereia eu ouço cantar
Sereia… sereia…
É a linda sereia
Que foge das ondas
Pra ver o luar
Sereia… sereia…

Quando tem lua cheia
Ela vem pela areia
Vem fugindo do mar… ai, ai
Vem fugindo do mar

Ela vem pela praia
Mas se a gente chegar
Ela foge pro mar… ai, ai
Ela foge pro mar

Na malha miúda
Do meu jereré
Inda hei de pegar
Sereia… sereia…

A linda sereia
Que foge das ondas
Pra ver o luar
Sereia… sereia…





Ana & Idza, fotografa ao lado da Escultura de Vinicius de Moraes,que fica em Itapuã.
Vinicius foi um grande amigo de Dorival Caymmi.





sexta-feira, 13 de junho de 2014

CANÇÕES DO CORAÇÃO

 


MARINA 

“Marina, morena
Marina, você se pintou
Marina, você faça tudo
Mas faça um favor
Não pinte esse rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina, você já é bonita
Com o que Deus lhe deu
Me aborreci, me zanguei já não posso falar
Desculpe, Marina, morena
Mas eu tô de mal
Com você,
De mal com você
De mal com você”

 

ANÁLISE “MARINA” (DORIVAL CAYMMI)

Nessa canção o autor cultua a mulher amada - que afirma ser dele - com tamanho ardor quando canta: esse rosto que “é só meu, que é só meu”, pedindo-lhe para não pintá-lo, pois ela já é bela, em seu natural não precisando assim de algo artificial. Isso pelo contrário o irrita. Ele não quer nem conversar. Fala da dificuldade em saber perdoar, quando contrariado. E ainda assim é amável apesar de magoado.

Percebemos o enaltecer da mulher em toda a sua obra.
Podemos inferir a escolha do nome da personagem da música (Marina), fazendo uma analogia com o mar, também bastante vivenciado em sua obra.

 

O MAR

 O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
O mar... pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito
Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiá
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas as mocinha lá do arraiá
Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá
Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh...
O mar quando quebra na praia

PARÁFRASE: “O MAR” (DORIVAL CAYMMI)

O mar se apossou de Pedro durante a noite de pescaria e ao devolvê-lo para Rosinha na praia, já não servia roído de peixe, o Pedro já não vivia.

Pobre Rosinha que era tão bonitinha, isso de mais nada lhe servia, a dor da perda de Pedro parece que a enlouqueceria.



ANÁLISE “O MAR” (DORIVAL CAYMMI)

O autor demonstra a beleza, os perigos, os mistérios, os medos e incertezas, o sustento da vida e as dores que essa imensidão nos propicia: “O mar”. Os personagens Pedro e Rosinha de Chica vivem um drama: Nesse contexto vivido por eles, Dorival evidencia com tamanha magnitude, a grandeza e a força do mar, contrapondo com a miudeza e fragilidade do homem em querer pertencê-lo. O mar é fonte de sustento para pescadores, pais de família; sendo ainda incerteza, alegria e as vezes dor para mulheres, mães, filhos, avós e amigos; para alguns outros o mar é sinônimo de prosa e poesia: compositores, artistas, poetas.


 Por Angela de Jesus.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O QUE É BIOGRAFIA?

O objetivo da biografia é descrever a trajetória de vida de um indivíduo, demonstrando a sua identidade através de atos e das palavras, enquanto ser único e original, do ponto de vista de quem o descreve e a partir das suas observações, testemunhos, interpretações. A biografia é um gênero textual com importante papel educacional, pois possui características singulares e próprias. Como objeto educacional ela traz o individual em benefício do coletivo, aborda vivências humanas reais, concretas e únicas estabelecendo historicamente a relação tempo e espaço vivenciadas pelo biografado.
 
Produzido por Luise

sábado, 31 de maio de 2014

PRODUZINDO O BLOG

 
Este blog tem como objetivo disponibilizar as etapas do trabalho da disciplina Práticas de Leitura e de Produção de Texto - Trabalho Escrito, Biografia, Ensaio Fotográfico - com a docente Lúcia Leiro. A equipe iniciou a produção do blog no laboratório de informática da Universidade do Estado da Bahia ( UNEB), com a presença das Marinas: Ana Cristina, Angela de Jesus, Idza Anjos, Laiane Castro e Luise Carolina.
Cada página corresponde a uma estação. As estações prontas, ou seja, aquelas que receberam verbas do governo, já estão em funcionamento. A inauguração das estações do EJA, Fundamental I e Educação Infantil estão previstas para as disciplinas correspondentes ao 2º semestre de 2014.
Foi um trabalho árduo, em que não foram medidos esforços para que todas as suas etapas fossem cumpridas. Ocorreram muitos contratempos, mas não desistimos de continuar e construir, com esmero, esta página que se baseia nas obras de Dorival Caymmi para falar sobre Gêneros Textuais. Aqui, o leitor, também, poderá visitar as estações – Educação Inclusiva e Projetos – e, em seus assentos, viajar pelo mundo do saber.
As Marinas